terça-feira, junho 01, 2010

Das questões que precisam se resolver

É grande o fardo do mundo adulto, de ter de fazer suas próprias escolhas e responder pela conseqüência de seus atos. Tão mais fácil não tê-las, malditas. Eis o porque os fracos sempre se escondem nas não-escolhas, sempre entregam o comando de suas vidas aos outros, ao acaso, a Deus. Mas por que? Porque sempre há o "e se". Como ter certeza que o caminho escolhido nos levará a uma paragem mais tranqüila? Como ter certeza de qual é o caminho "certo" dentre tantos caminhos?

É simples: Não temos. Ninguém tem. A vida não é feita de certezas e, sim, de riscos. Uma vida feita de certezas assemelha-se mais a uma prisão construída com tijolos de dogmas. E ainda assim, não adianta, toda não-escolha já é uma escolha, já diria Jean Paul Sartre.

segunda-feira, maio 31, 2010

Perigo: Inflamável!

Sintonia, sincronismo, destino. Não importa o nome que se deseje dar. Algumas coisas são simplesmente inevitáveis. Podemos fingir inocência, bancar o vitimizado, arrumar desculpas, pretextos, justificativas - afinal, como diria Sartre - "o inferno são os outros".

Podemos até ignorar todos os sinais que se apresentam diante de nós, alguns discretos; outros, reluzentes como grandes letreiros luminosos em letras vermelhas com fontes gigantescas, enfatizando o perigo, exortando os incautos à manter uma distância segura, mas para alguns de nós, simplesmente não funciona.

Inconseqüência? Desejo de aventura? Não sei. Algumas pessoas tão somente gostam de viver no limite, expor-se ao perigo. É a sensação indescritível da adrenalina correndo freneticamente nas veias, o arrepio na coluna, o frio na barriga. Não consigo imaginar ser humano que jamais tenha sentido algo assim. Se existe, pobre coitado, de fato ainda não viveu. Tudo é uma questão de pesar o seu medo e o seu desejo...