quinta-feira, julho 04, 2013

À MAR...É

Vejo os meninos jogando pelada
Há tanta alegria e esperança
Nos risos, nos gritos, nas xingas, no olhar

A salva de tiros soa como fogos
Mas nem todos conseguem driblar a morte
Porque sorte, hoje em dia, é pra quem pode pagar
E para nós, os outros: a vida, todos os dias, para ganhar.

Tá lá o corpo estendido no chão
Se foi falta, não tem bandeirinha, nem juiz
Tá lá o corpo estendido no chão
Se foi falta, ninguém fala, ninguém diz

Vejo os meninos jogando pelada
Há tanta alegria e esperança

Nos risos, nos gritos, nas xingas, no olhar...

Postlúdio

Teu corpo no meu corpo
Após o coito

Quebrando o silêncio


Penso coisas que não tenho coragem de dizer.
Coisas, que expor,
Seria a violação dos sentimentos mais profundos.

Às vezes, pesa.

Então, quero falar.

Faltam as palavras

...



NÃO FUME NA CAMA ou PORQUE EU NÃO CONSIGO DORMIR

Já não ligo para o que você quer
Ou mesmo onde possa estar
Sinto apenas a delícia do vazio
Com um vinho e um filme do Godard
A vida em preto & branco
Há muito não me satisfaz
Não persigo mais suas sombras
Colecionando mistérios
Como personagem qualquer
De algum filme noir

Os meus olhos marejados se confundem com a neblina
E em minha boca o gosto é salgado.
É sua deixa!
Agora, então, vire pro lado
E acenda o seu cigarro...

Mas não mais!

Dani Maya
Santa Lúcia, 05/07/13 - 00:34.