Assassinei a Rapunzel,
a Rapunzel que havia em mim
que esperava um príncipe, solitária
presa numa torre de marfim
Meninas, escutem o que eu digo!
Mas prestem bastante atenção:
nas armadilhas das palavras doces
escondem-se, silentes, dominação e submissão
Meninas, prestem bastante atenção!
Escutem bem o que eu digo:
Os príncipes, um dia, viram sapos
e, nesse caso, estar só não é castigo.
Assassinei a Cinderela também...
E joguei fora o sapatinho dela!
Afinal, o mundo não é cor-de-rosa
Tem mais tintas nessa aquarela
Vítimas de minha lista negra:
Branca de Neve, Gata Borralheira,
e até mesmo a Ariel,
aquela sereia faceira...
Elas nos mostram a virtude da espera
por um homem que muitas vezes não vem...
Mas o pior ensinamento é mudar,
para que esse homem nos ame também.
Essas princesas, heroínas da minha infância
Não fazem nenhum bem
Nem para mim,
nem pra ninguém...
Alvejei, então, sem dó, nem pena
o exemplo da vitimizada
pois se ser mulher é ser mártir
antes de ser Cinderela, prefiro ser bruxa malvada!
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3 comentários:
Gostei! Senti como uma versão fashion de "levanta, sacode a poeira, dá volta por cima", coisa que todos podem fazer...modificar, para melhor, seu interior e crescer. Bjuss.
OI Dani!
Parece que estamos passando pelos mesmos conflitos,eu acho que estou perdida, assassinei as princesas mais ainda não sei o que faço com o encantado...
Você já leu Complexo de Cinderela?
Beijinhos.
Bacana! Se todos se tocassem disso muita coisa poderia ser diferente!
:*
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